Nos últimos tempos, tenho acompanhado várias notícias sobre
a Tupperware e, sinceramente, a história desta icónica marca tem-me feito
refletir bastante.
Primeiro, surgiram os relatos de que a empresa
norte-americana estaria à beira da falência. Depois, a notícia de que a fábrica
em Portugal ia encerrar caiu como um balde de água fria – significaria o
desemprego para cerca de 200 pessoas e dificultaria o acesso aos produtos para
quem ainda é fã da marca no país. Mas eis que surge uma reviravolta: um grupo
de compradores portugueses fez uma proposta para adquirir a fábrica. Será que
esta compra vai mesmo avançar? E, mais importante, será que manterão a qualidade
que sempre diferenciou a Tupperware?
Esta situação fez-me viajar no tempo e levantar algumas
questões:
- Será
que as pessoas ainda se lembram da origem da Tupperware e de como começou
a ser vendida?
- Quantas
pessoas ainda conseguem distinguir uma verdadeira Tupperware das inúmeras
caixas plásticas que inundam o mercado hoje?
A verdade é que, desde o seu surgimento nos anos 50, os
plásticos evoluíram imenso. Muitos tornaram-se visualmente semelhantes ao
material da Tupperware, mas será que oferecem a mesma durabilidade e qualidade?
A grande diferença da Tupperware sempre esteve na sua
inovação, resistência e na forma como conquistou gerações. No entanto, com o
tempo, este valor intrínseco foi-se perdendo – não porque os produtos tenham
piorado, mas porque deixaram de estar tão acessíveis.
E isso leva-me a um pensamento inevitável: e se a marca
tivesse apostado em lojas físicas em Portugal? Não tenho dúvidas de que
venderiam muito mais. Afinal, quem nunca ficou fascinado com o icónico “click”
ao fechar uma tampa Tupperware?
Seja qual for o futuro da marca, espero que a qualidade se mantenha. Porque há coisas que simplesmente não deveriam desaparecer.
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